Pesquisar este blog

sábado, 19 de março de 2011

João, Bia, meninas do GMEL

Oi João, oi Bia,
 
Vejo que as coisas estão se adiantando. Conheço a Marcinha do Condim, ela é muito atuante e muito capaz, já esteve aqui em Palmas..fui eu quem a trouxe...sei que vocês poderão conseguir tudo com ela.
Sobre a ajuda de custo de vocês, pelo menos para Bia e Sandrinha, acho que devemos fazer um pequeno projetinho. Vou enviar aquele que fiz para a CESE no final de 2009. João pode adaptar e pedir de novo amb Cese, mas em nome de outra r Entidade.
Sobre as fichas de inscrição e programação. Acho que tão logo fechemos com as assessorias podemos enviar a programação e as fichas de inscrição já devem ser preparadas e enviadas agora para garantir a compra das passagens.
Dia 24 tenho a reunião com o colegiado da PMM, com certeza elas quererão saber como andam as coisas, podemos tentar garantir já a maioria das passagens.
Vai ser legal que aconteça o evento em sala de órgão oficial, em parceria, e as mulheres ficarem em hotel. Seria bom também colocalr um grande e bonito banner com folders bem preparados com a foto do cartaz, fazer bolsas para as mulheres, enfim material que coloque o GMEL com a cara na rua.
Podemos fazer um boletim semestral e colocar também na bolsa das participantes. Acho que a verba para divulgação do evento deve dar.
 
O que acham? O que as outras também acham?
 
Bernadete

quarta-feira, 9 de março de 2011

Olá amigas, felicidades

Amigas do GMEL, quero parabenizá-las pelo dia internacional das mulheres e dedicar um poema de Cora Coralina.

Gente, se alguém tiver notícias da Paulina...se alguém cruzar com ela pelo Orkut, por favor diga que precisamos conversar com ela com urgência.




Berna

Mulher da vida, minha irmã
               Cora Coralina

Mulher da Vida, minha Irmã.
De todos os tempos.
De todos os povos.
De todas as latitudes.
Ela vem do fundo imemorial das idades e
carrega a carga pesada dos mais
torpes sinônimos,
apelidos e apodos:
Mulher da zona,
Mulher da rua,
Mulher perdida,
Mulher à-toa.
Mulher da Vida, minha irmã.
Pisadas, espezinhadas, ameaçadas.
Desprotegidas e exploradas.
Ignoradas da Lei, da Justiça e do Direito.
Necessárias fisiologicamente.
Indestrutíveis.
Sobreviventes.
Possuídas e infamadas sempre por
aqueles que um dia as lançaram na vida.
Marcadas. Contaminadas,
Escorchadas. Discriminadas.
Nenhum direito lhes assiste.
Nenhum estatuto ou norma as protege.
Sobrevivem como erva cativa dos caminhos,
pisadas, maltratadas e renascidas.
Flor sombria, sementeira espinhal
gerada nos viveiros da miséria, da
pobreza e do abandono,
enraizada em todos os quadrantes da Terra.
Um dia, numa cidade longínqua, essa
mulher corria perseguida pelos homens que
a tinham maculado. Aflita, ouvindo o
tropel dos perseguidores e o sibilo das pedras,
ela encontrou-se com a Justiça.
A Justiça estendeu sua destra poderosa e
lançou o repto milenar:
“Aquele que estiver sem pecado
atire a primeira pedra”.
As pedras caíram
e os cobradores deram s costas.
O Justo falou então a palavra de eqüidade:
“Ninguém te condenou, mulher...
nem eu te condeno”.
A Justiça pesou a falta pelo peso
do sacrifício e este excedeu àquela.
Vilipendiada, esmagada.
Possuída e enxovalhada,
ela é a muralha que há milênios detém
as urgências brutais do homem para que
na sociedade possam coexistir a inocência,
a castidade e a virtude.
Na fragilidade de sua carne maculada
esbarra a exigência impiedosa do macho.
Sem cobertura de leis
e sem proteção legal,
ela atravessa a vida ultrajada
e imprescindível, pisoteada, explorada,
nem a sociedade a dispensa
nem lhe reconhece direitos
nem lhe dá proteção.
E quem já alcançou o ideal dessa mulher,
que um homem a tome pela mão,
a levante, e diga: minha companheira.
Mulher da Vida, minha irmã.
No fim dos tempos.
No dia da Grande Justiça
do Grande Juiz.
Serás remida e lavada
de toda condenação.
E o juiz da Grande Justiça
a vestirá de branco em
novo batismo de purificação.
Limpará as máculas de sua vida
humilhada e sacrificada
para que a Família Humana
possa subsistir sempre,
estrutura sólida e indestrurível
da sociedade,
de todos os povos,
de todos os tempos.
Mulher da Vida, minha irmã.
Declarou-lhe Jesus:
“Em verdade vos digo
que publicanos e meretrizes
vos precedem no Reino de Deus”.
Evangelho de São Mateus 21, ver.31.
 

Poesia dedicada, por Coralina, ao Ano Internacional da Mulher em 1975.

terça-feira, 1 de março de 2011

Lembranças da Chica, tristeza pela morte de Irmã Neves

Gente amiga do GMEL,

Hoje recebi com tristeza esse e-mail da nossa amiga Chica:

"olá tudo bom ?
Estou de luto Bernadete a Irmã Neves morreu
Uma ótima semana bjos".


Quem quiser, poderia enviar um e-mail para ela em solidariedade, pois a irmã Neves era como uma mãe para Chica.