Olá amigas do GMEL,
Esta mensagem é para colocar vocês a par de como foi nossa oficina no Fórum Social Pan-amazônico sobre o tema dos movimentos e redes autônomas e combate à exploração sexual, prostituição e tráfico de mulheres na pan-amazônia.
Nossa oficina contou com umas 35 pessoas, de vários Estados da Amazônia e um homem do Perú.
COntou tamvém com quatro mulheres que foram migrantes para outros países da Pan-Amazônia e para a Europa que vieram dar seus depoimentos sobre o tráfico de mulheres.
Houve uma crítica da Entidade Sodireitos por jutarmos os temas e que isso cria mais preconceitos para com as mulheres que são migrantes e que foram algum dia traficadas.
As opiniões divergiram muito. O Marcel Hazeu, que é um importante pesquisador da região norte falou sobre a tentativa de mudança da legislação internacional e criar uma legislação sobre migração internacional, pois as mulheres brasileiras são tratadas como se todas fossem para o exterior traficadas ou para trabalhos com a finalidade sexual. As mulheres deram depoimentos de seus sofrimentos, mas concordam com ele sobre essa visão.
Ele disse também que se continuamos tratando o tema como "Tráfico", se continuamos falando muito sobre tráfico de mulheres, na verdade estamos colaborando com o tráfico de seres humanos, pois o ideal é lutarmos por um mundo sem fronteiras para as pessoas se locomoverem, irem e virem, migrarem quando e como quiserem.
Houve concordâncias e discordâncias.
Pensamos em preparar um encontro maior somente sobre esses temas e convocar as instituições da Pan-amazônia para continuar discutindo o tema e para continuarmos nos preparando melhor para enfrentá-los.
Do ponto de vista da Organização de novos movimentos, devemos tentar apoiar as mulheres migrantes e as adolescentes que estão indo e vindo dentro de nosso próprio país em sua auto-organização, favoaraecendo sua reinserção no país e nas suas próprias localidades e compartilhando o máximo possível de informações para elas não serem enganadas e sofrerem com a ilegalidade quando vão para outros locais ou países.
Vamos continuar nossos levantamentos de dados. Mulheres das Organizações e do governo do Amapá estão rumando para os países como Suriname e Guiana para fazerem levantamentos e trazerem propostas de enfrentamentos ao Brasil.
Continuemos nossa luta e nossa Agenda!!!
Berná
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